2 de jul. de 2010

Bacacos canibais



Boom!

Explodia uma bomba numa sala de um colégio que eu visitava.
Era um grupo de garotos que costumava fazer esse tipo de coisa, bandidagem mesmo. Ouvi eles dizerem que fizeram a bomba com césio (mas sinceramente, nem sei se isso existe). Ouvi cochichos dizendo q era radiativo. Algumas pessoas corriam, outras, pareciam que nem se importavam com tamanha tragédia. Eu nem corria, nem andava. Andava apressadamente, olhando para trás.

Segundos depois começaram a sair criaturas esquisitas daquela sala de aula em destroços. Eram animais peludos, com uma cara medonha, que lembravam macacos, mas com traços de barata(sinceramente nao sei descrever isso de forma que se possa imaginar o que eu vi). Sua boca espumava, como se quisessem comer todos nós. Eu os chamo de Bacacos canibais.
Eu corria, a partir do momento em que vi o primeiro vestígio de pêlo de macaco.

Corria com todas as minhas forças. Olhei para trás, e parecia que todos eles estavam atrás de mim.
-“Ai meu Deus”, pensei, “vou morrer.”

Foi então que senti meus pés saindo do chão. Achei que estava voando, e, de fato, estava. Mas acho que faltava alguma coisa, porque segundos depois voltei ao chão. Então corri ainda mais rápido, os animais horripilantes se aproximavam, e, entao, voei um pouco mais alto. E cada vez que voltava ao chão, colocava mais e mais força nas minhas pernas, até que consegui voar muito alto. Me senti poderosa, capaz de tudo. Senti como se eu fosse uma super heroína, protegendo a mim mesma.

Olhei pra trás, e lá estavam eles, correndo ainda mais rápido atrás de mim. E, então, pra minha surpresa, os desgraçados começaram a voar.
Procurei por algum esconderijo, e, que ódio(ELES SABIAM FALAR!), as criaturas começaram a gritar:

“-Você pode correr, mas não pode se esconder!”

Senti as lágrimas descerem em meu rosto. Pensei que era o fim. Então, do alto, vi um aglomerado de pessoas em um barzinho. Ele se situava numa ilhazinha, e em cada mesa do estabelecimento tinha um sombreiro.
Entao, decidi descer até lá. Por alguns momentos despistei meus perseguidores, me escondendo no meio da multidão. Sabia que não conseguiria me esconder ali por muito tempo, e fui para debaixo de uma mesa. As mesinhas tinham forros que tocavam o chão, e ocultavam tudo abaixo delas.
Ali, sob aquele forro xadrez vermelho, eu sentia que se aproximava um Bacaco. E, como no filme Matilda, me agarrei às pernas da mesa na parte de cima, próximo ao tampo, e deixei meu corpo esticado contra a mesa, longe do chão. Parecia uma agente secreta. De fato, o bicho esquisito me procurou embaixo da mesa, mas, pra minha sorte, não olhou pra cima, onde eu estava. E foi embora.
Fiquei ali por mais alguns instantes, apenas ouvindo os susurros:

“Você pode correr, mas não pode se esconder...”

2 comentários:

  1. Você sabe voar? Que inveja!!!
    Mas a cor do forro da mesinha... xadrez vermelho? Que horror! Você podia ter sonhado com uma cor mais bonitinha neh?

    Sabe técnicas de agente? Tá ficando chique no sonho hein?
    So faltou você lutar com os bacacos (e nem te conto como eu os imaginei).
    Bjo

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  2. Que medo³³³
    UHAUHUAHUAHU
    isso tudo em uma noite? caramba ein UAHUAHUAHU

    Bjaum!

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