6 de jun. de 2010

Infinitamente derrotado


Havia um homem e uma mulher. A mulher estava presa do lado de dentro de uma casa. O homem estava do lado de fora, e cochichava com a mulher através de uma janela. Ele dizia:

-“Quando eu der o sinal você corre, e eu entro.”

O homem deu o sinal e a mulher correu. Na porta, ela se deparou com um bicho horroroso, gigantesco, semelhante a um grilo. Era verde folha, tinha uns 3 metros de altura e um par de ‘apêndices’ na barriga. Parecia que dali saíram mãos que se atrofiaram. Ao lado do ‘monstro’ havia um homem. Eu sei que havia um homem, mas não sei descrevê-lo porque não o vi. Sabia apenas que ele parecia dar comandos à criatura.

Vi então o homem herói correr para dentro da casa. Ele tentava chegar a algum cômodo específico, mas não sei qual e nem sei o motivo. De repente ele parou e disse:

-“Me pegaram!”

Olhou pra baixo e sob seus pés havia 2 manchas verde folha. Como eu era uma observadora, pude ver que a mancha se esticava até o grilo gigante. Era como se os ‘apêndices’ tivessem criado vida, e seguiram o homem até alcançar seus pés. O que deu a entender era que, se o homem fosse tocado por aquela ‘coisa’, ele morria.

Tudo ficou escuro.

Quando imaginei que havia acabado, lá estava o homem de novo, cochichando com a mulher, como se aquilo estivesse acontecendo pela primeira vez.Era como em um videogame, em que a gente volta pro inicio da historia quando morremos durante o jogo. A historia acontecia de novo, e cada vez ele tentava correr por outros caminhos, chegar a outros cômodos, e usar outras estratégias. Mas, era inevitável. A coisa verde sempre chegava aos seus pés.

E a história aconteceu um número indefinido de vezes.

Um comentário:

  1. Todo problema tem solução, apesar de acharmos que não.
    Continue assim, quero ver onde você chega. ;)

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